sexta-feira, 14 de outubro de 2011


TÊM A PALAVRA OS ANTIGOS ALUNOS CARMELITAS E NÃO SÓ

Este espaço foi criado com a intenção de proporcionar um local de mais fácil acesso aos comentadores do Blog AAACARMELITAS, para poderem fazer os seus comentários sobre a história dos antigos alunos e outros temas que entendam lançar  para a ribalta deste Blog. Aqui não serão publicadas quaisquer notícias. Quando se chegar aos 200 comentários (número limite que o Blog aceita) abre-se outro espaço, que aparecerá sempre em primeiro lugar e, portanto, de imediato acesso para o visitante.
Ao abrir um novo espaço colocarei uma foto dos antigos alunos. Vou começar com o ano lectivo 1951/1952.

Foto do ano lectivo de 1951/1952
BRAGA

Foto do Ano Lectivo de 1952/1953
BRAGA 


Foto do Ano Lectivo de 1953/1954
BRAGA

96 comentários:

Anónimo disse...

Vamos ver se por este meio, surgem novos amigos, para dar outro impulso a este blogue adormecido e vazio de ideias, para serem por todos apreciadas e debatidas, sempre dentro de um espírito de aaacarmelitano.

Anónimo disse...

Estes são os primeiros alunos que ingressaram no Seminário Carmelita , em Braga?

aacarmelitas disse...

Sim, estes são os alunos que ingressaram em Braga em 1951. Não posso dizer se alguns vinham de Miranda do Douro. Vou esclarecer-me e depois informo aqui mesmo. aacarmelitas

Mario Neiva disse...

Bem, eu fui atrás do Sr Perfeição.
Está feito.

Anónimo disse...

Alguns destes alunos ainda estão vivos, ou já bateram todos a caçoleta?

FO disse...

ABENÇOADO SENHOR BISPO QUE APELIDOU DE TERRORISTAS, AOS SACANAS DOS GOVERNANTES QUE QUEREM RAPINAR O POUCO QUE AINDA RESTA AOS TRABALHADORES E APOSENTADOS DESTE PAÍS,DESTA TERRA DE SANTA MARIA QUE LUTARAM UM VIDA INTEIRA, PARA TEREM UMAS MIGALHAS, ENQUANTO ESSES PODEROSOS GASTAM NUM DIA DE FESTANÇA, O QUE A MAIORIA NUNCA GANHARÁ NUMA VIDA. BONITA DEMOCRACIA!!!
ONDE ESTÃO OS DEMOCRATAS QUE VENDERAM AS EX-COLÓNIAS E AS RESERVAS DE OURO?
SOMOS MENDIGOS DO FMI E DA UE. BONITA DEMOCRACIA!!!
SENHOR BISPO FORÇA, FALE PORQUE A VOZ DE V. REVª. É OUVIDA EM TODO LADO.
A NÓS CABE-NOS DIZER " VALHA-NOS NOSSA SENHORA DO CARMO ".
TIRO O MEU CHAPÉU AO SENHOR BISPO E PENA É QUE TODO O CLERO NÃO SAIA Á RUA (ALTAR) PARA DENUNCIAR ESTES DEMÓNIOS QUE ASSALTARAM O PAÍS, PORQUE O POVO (MAIORIA) AINDA VOS DÁ ATENÇÃO E IMPORTÂNCIA.
É ALTURA DE MOSTRAREM QUE É UMA OBRA DE CARIDADE CORREGIR OS QUE ERRAM, AINDA QUE SEJA À BASTONADA, COMO FEZ CRISTO AOS VENDILHÕES NO TEMPLO.OU SERÁ MAIS CÓMODO FICAR CALADOS E CADA QUAL QUE SE DESENRRASQUE!!!

Anónimo disse...

AAC58

A página é nova... a confusão é a mesma... continuamos a comentar comentários!
Não será pois de estranhar o conteúdo...
Claro que é legítimo comentar um comentário, mas se não há ideias base que possam elevar o nível dos comentários... continuamos a comentar banalidades.
E os escritos, como por exemplo o texto acima de JO, que nada tem de comentário, mas define posições e apresenta ideias que apelam comentários, continuam sem o destaque que merecem.

Mas nada de confusões... é só um (meu) comentário!

FO disse...

Meu " bom amigo ", cada um dá o que tem e o que sabe e a mais não é obrigado!...
O resto fica com os catedráticos, ou pseudo catedráticos, como aqueles que levaram esta terra de Santa Maria, a esta profunda agonia.

aacarmelitas disse...

"Uma pessoa é presa por ter cão e presa por não ter".
Tantas vezes disseram no blog aaacarmelitas que deveria criar-se um espaço para diálogos, que aquele não era o mais apropriado e, vai daí, cria-se esse espaço e, diz-se agora que este espaço é um espaço de comentários de comentários.
A finalidade deste espaço é o de proporcionar um espaço de diálogo, entre os intervenientes.
Se pretendem outra coisa digam, vendo-se então o que se pode fazer.

Anónimo disse...

Deixem rolar a coisa. Isto não está para graças e quem não estiver bem que se mude!
Valha-nos a boa vontade de quem orienta, o que não se pode agradar a todos!

Mario Neiva disse...

Os caminhos da felicidade...

É intencional este plural. E ocorreu-me quando me pus a meditar no comentário do Sr Perfeição sobre a procura da perfeição e felicidade individual.
Penso que cada um tem o seu próprio caminho para a perfeição e felicidade. Assim como se cada um tivesse nascido com um sonho próprio que quer ver concretizado. E, se não nasceu com o sonho, começou a construí-lo desde a primeira consciência.
Se o sonho é pessoal, o caminho a seguir sê-lo-á também. O desafio pela vida fora vai ser duplo: realizar o sonho individual e integrá-lo na sociedade onde nasceu.
Sociedade familiar, nacional e, agora, também planetária.

Por força da nossa condição "gregária", a perfeiçâo e a felicidade parem-nos ser possiveis apenas em comunidade.

FO disse...

Paciente e solitário,
Li com toda atenção,
O último comentário,
Do amigo Perfeição.

Muito dizes, nos escritos
Que bem sabes desenhar,
Que pensamentos bonitos,
Tens sempre para nos dar.

Cresça em ti a boa ideia,
De lindas palavras dar.
Produto bom escasseia,
P'ra se poder meditar.

Abrir, este cantinho,
É vício que cresce em mim.
Leio tudo com carinho,
Do início até ao fim.

Lima disse...

Caro amigo FO muito me alegras,
As tuas rimas falam de poesia.
Além da inspiração... sabes as regras
E dás um toque de salutar magia!

FO disse...

Nada tenho de poeta,
Escrevo sem prefeição,
Quis deixar palavra certa
E mostrar a gratidão.

Ser humilde é o lema
Que me acompanha na vida.
Gosto de ler um bom tema
E meditar de seguida.

Acompanho com fervor,
Os arautos dos letrados
Que nunca vos falte amor,
Pois serão recompensados.

O amor de que vos falo,
É transmissão do saber.
Perante vós eu me calo,
Por não saber escrever.

Só dou o pouco que tenho
E faço com muito agrado.
Desta forma aqui venho,
Recordar o meu passado.

Foram tempos de alegria
Que na Falperra gozei,
Sempre com grande folia,
Mas muito, também rezei.

No Sameiro, escaldante!
Só sabe quem lá passou.
Deus perdoe ao tratante,
Pois, como tudo, acabou...

Poeta Ocasional disse...

As "regras" foram quebradas
Pelo Fo e pelo Lima
Que importam regras falhadas
Nos versos que o amor anima!

Anónimo disse...

Regras???????? que regras????????
Guarda tudo para ti palerma!!!!!!

Lima disse...

Falaste na Falperra, caro FO, e veio-me à ideia um velho poema que escrevi uns dias antes da minha despedida. Encontrei-o no seu caderno original, com o cabeçalho “Seminário Missionário Caramelita” e tem a data de 18 de Julho de 1960. E reza assim:


Último adeus

Ó linda e altaneira serra,
Encantada Falperra de meus dias!
Quantas canções me ouviste entoar,
Oh! que cantar, que lindas melodias!

Ó saudosa serra ao alto erguida
Jamais na minha vida esquecerei
Esta tua beleza, esta frescura,
Onde a ventura minha alcancei.

O ledo murmurar dos montes teus,
A beleza dos céus, ao sol nascer,
Ao romper da manhã, o arrebol,
Tudo isto é sol do, meu triste viver.

Tudo isto eu gozei na adolescência
Que com tanta inocência aqui passei.
Tudo isto embalou a minha vida,
E que sentida época achei!

Agora, eis o tempo do adeus
Em que estes olhos meus deixar-te vão
De admirar, como até aqui fizeram,
Quando em mim eram só consolação.

Mas porque me chamou o coração,
Não sem lamentação deixar-te vou.
E se meu berço foste em tempo algum,
Eu tenho um que mais me embalou.

A esse amo mais que à minha vida,
Que à pátria querida, Portugal.
A esse quero mais que a meu viver
Por ele ser a minha Terra Natal.

Terra Natal! Até parece incrível
Como ela é inesquecível para mim.
Oh! minha terra é o mais lindo canteiro,
Se é verdadeiro a Pátria ser jardim.

Para ela vou partir, Adeus Falperra,
Adeus ó linda terra de estudantes!
Que não deixe este mundo sem te ver
Reaparecer a meus olhos chorantes.

Adeus ó companheiros e amigos,
Eu vou para os castigos deste mundo!
Adeus velho convento, adeus Virgem,
Vou na vertigem, vou lá mais p'ro fundo!

Comigo levo presa esta saudade
Que me tolhe a vontade destes céus.
Meu peito, bem alto solta o grito,
E eu repito; Adeus!, Adeus!, Adeus!

FO disse...

Isso sim, meu caro Lima, tem na realidade veia poética.
Muito bonito e expressa um sentimento profundo que penso, ter-te acompanhado, através dos tempos, recordando, vivendo e partilhando lindas obras e gestos com o nosso próximo, nomeadamente,com ex-aaacarmelitas, mesmo bem distante, desses belos tempos de outrora.

Mario Neiva disse...

Os poemas são as flores de um blog.
Um reflexo da beleza da alma humana.
Eu era capaz de jurar que o poeta é sempre um homem apaixonado. E o visionário que vê a beleza de uma flor onde o olhar vulgar apenas descotina utilidade ou inutilidade. Mercantilista.
Bem-vindos os poetas todos.

Mario Neiva disse...

PALAVRA

Palavra dita
Palavra gravada
Palavra escrita
Palavra cantada

Palavra bondade
Palavra paixão
Nascida verdade
Do teu coração

E palavra calúnia
É punhal cravado
No peito inocente
De um homem honrado

Palavra esperança
Para gente sofrida
No mar tormentoso
Nas voltas da vida

Mario Neiva disse...

Mais uma polémica à solta do género da que aconteceu com o Código Da Vinci. Agora trata-se de um conhecido romancista português, JOsé Rodrigues dos Santos. Dizem o romance ainda é mais "giro" que o o Código Da Vinci. E a polémica maior. O "Último Segredo", de JRS, já não é sobre um hipotetico casamento de Jesus e sua descendência mas sobre a identidade de Jesus. Assim à primeira vista, a história do casamento de Jesus parece uma brincadeira de crianças comparada com "revelações" que põem em causa a própria pessoa de Jesus.
Vou ver o que lá está escrito e depois conto aqui. Para já, e na douta opinião do teólogo e filósofo Pe Anselomo Borges, a reacção da Igreja não foi pedagógica e o José Rodrigues dos Santos não sabe do que está a falar.
Cá por mim duvido seriamente que um jornalista tenha competência para falar das "verdades da Biblia". Saberá este romancista que as "verdades da Biblia" são "verdades da fé"? Se não sabe devia saber, na sua qualidade de jornalista licenciado.
Por outro lado, não conheço o texto da reacção oficial da Igreja Católica Portuguesa, mas pela crítica também dura do Pe Anselmo penso que, oficialmente, a Igreja volta a meter S.Paulo na gaveta, como tem feito ao longo de dois mil anos.
E eu deixo-vos com esta pergunta: até quando a Igreja na sua teologia e filosofia "para a catequisação" vai esquecer a advertencia de Paulo de Tarso de que o Evangelho que prega é "escândalo para os judeus e loucura para os gentios"?
Querer remover o caracter "escandaloso" e "louco" do Evangelho é tirar-lhe toda a sua força, mas foi a forma prática que a Igreja encontrou para se acomodar a outras verdades ao longo da sua longa História. "Verdades" que pouco têm a ver com o Evangelho da Ressurreição de S.Paulo" como aquela historieta de saber se Jesus casou ou ficou solteiro até à morte.
Fazer depender de um mero "estado civil" o Evangelho de Jesus Cristo é ridicularizar o extraordináio anúnicio de esperança que S.Paulo legou à Humanidade.

Lima disse...

Já fui leitor do José Rodrigues dos Santos. Deixei de o ser, por várias razões, mas sobretudo porque o seu estilo não me embala. As estórias até são em geral cativantes, mas são contadas à maneira de reportagem, em tom seco, e onde falta quase sempre o sonho, o belo, a arte de contar, que, para mim são elementos essenciais num romance de qualidade.
Quanto ao último livro dele de que falas, também já tive eco dessa polémica. E quem diz polémica diz críticas completamente opostas. E, na verdade, já li muito boas e muito más. Para o autor é bom. A polémica aguça a curiosidade, e esta ajuda as vendas.
Quanto ao tema não sou adepto. Nunca li Dan Brown, nem outros do género. Este tipo de livros não passa de fantasias sem valor algum histórico ou didáctico. Servem apenas para enriquecer os seus autores, e são escritos e publicados unicamente com essa finalidade.

Mario Neiva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mario Neiva disse...

Quanto a mim, Lima, ainda não li nenhum romance do JRS. Amanhã vou à Bertrand, aqui em Viseu, e aproveito para dar uma espreitadela no livro.

Antonio Costa disse...

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS/BEM AVENTURADOS/FELIZES

Quem são os Santos?...Para encontrá-los não é necessário entrar nas igrejas; eles estão ao nosso lado,não têm casa(muitos nem sequer têm pão), estão desempregados, morrem nas enfermarias e nas filas dos hospitais, passam fome, frio e dormem nas praças, viadutos e bancos de jardim...(Mt.5,1-12).

O que devemos fazer por eles?
Orar será o bastante? Não será necessário agir?

Anónimo disse...

Visitas ao Blogue, vamos tendo certamente, mas ficar calado, pelos vistos, é melhor que escrever asneiras!...Porém, por vezes enerva, os bons da fita e cai lostra, para os ressabiados. Salvo sejam, ou são mesmo!
A crise também cá chegou? Pois , pois, toca a todos, como quem diz, ficam de fora os pançudos que rapinaram tudo o que pertencia a todos.É vê-los felizes e de dentes arreganhados, como as pu... a xular os parceiros. Fizeram um lindo serviço, essa cambada de cães vádios que nunca conheceram o dono. Alguns vieram da me..., mas são doutores e engenheiros, da mula russa e ficaram com o rei na barriga e lixam o zé pagode , a torto e a direito.
Nunca se sabe, se também lhes vai acontececer como ao outro que lhe enfiaram um pau no zagueiro.Lindo serviço, desumano, embora se diga de passagem que andam muitos neste país, a precisar da mesma receita.
Deus não dorme, penso eu!...

FO disse...

S. Martinho se aproxima,
Com a melhor tradição.
A todos com muita estima,
Deixo aqui a sugestão:

Vamos todos reunir,
Lá na casa do Calhetas,
Para assim, nos divertir.
Venham...deixem de tretas.

Boa castanha e não só,
Vamos todos degustar.
Sei que a crise não tem dó,
Mas que adianta chorar!

O nosso amigo Calhetas,
Nos recebe com carinho.
Quem puder, leve as cornetas.
P´ra dançar o corridinho.

E quem não souber dançar,
Cante mesmo pianinho.
Alegria, vamos dar,
Com uns copinhos de vinho,

FO disse...

Ainda vou a tempo de corregir, com as minhas desculpas, para o amigo Cachetas.
Onde se lê Calhetas, deve ler-se Cachetas.
Ainda não bebi nada e já troco o passo. Neste caso o nome. Desculpa lá, oh Cachetas.
Um abraço
FO

Anónimo disse...

FINOUUUUUUUUUUUUUUUUUUU...

Anónimo disse...

Ó anónimo! ainda não é o fim....do fim-de-semana, mas sim o princípio, penso eu de que.......

Mario Neiva disse...

A propósito de “O último Segredo” de José Rodrigues dos Santos

UMA CERTA VERGONHA DA HUMANIDADE DE JESUS

Apesar de ser um dos dogmas centrais do cristianismo, este nunca soube lidar muito bem com a verdadeira identidade de Jesus Cristo. Ora era apenas homem, ora era apenas Deus. No credo cristão prevaleceu o dogma de “Deus e Homem Verdadeiro”.
Aparentemente a discussão acabou com a condenação, como hereges, daqueles que não aceitassem o credo da inteira Divindade e Humanidade de Jesus. Digo aparentemente porque os mesmos que fizeram introduzir no credo este dogma, tudo fizeram para desvalorizar até quase ao absurdo a humanidade de Cristo professada no credo. E as consequências de uma fé envergonhada estão à vista de todos.
Há muito que os biblistas sabem que houve um engano na tradução do hebraico para o grego do vocábulo para designar uma “jovem mulher” e assim, do hebraico para o grego, “ jovem mulher” passou a “virgem”, no sentido que nós entendemos hoje.
O erro podia ter sido facilmente corrigido. Mas acontece que vinha mesmo a calhar para desvalorizar a humanidade de Jesus e fazer sobressair a sua divindade. E este esforço nunca mais parou, até aos nossos dias.
Parece incrível como aquilo que há de mais belo no cristianismo, que é a verdadeira e total “Encarnação de Deus”, se tornou motivo de discussão, quase-vergonha e agora novamente polémica.
Com efeito, algo está muito errado quando se ensina às crianças que Jesus é Deus e homem verdadeiro e simultaneamente se recusa ao mesmo Jesus um pai e uma mãe humanas e até um humaníssimo nascimento. Como quem diz, e assim foi interpretado ao longo dos séculos: humano, sim, mas pouco.
O desprezo pela “carne” falou mais alto, no meio cultural onde veio a medrar o cristianismo.
É particularmente embaraçoso, nos tempos actuais, ter de ensinar a verdadeira humanidade de Jesus Cristo, recusando a participação do pai humano na concepção, quando a ciência veio a demonstrar que um homem verdadeiro partilha necessariamente o ADN feminino e masculino. A alternativa é a clonagem. Ninguém irá dizer que Jesus terá sido um clone milagroso, nem se percebe porque se haveria de mão de um tal recurso, quando o dogma vai no sentido de uma verdadeira e completa Encarnação de Deus. O dogma não foge de um Deus-Humanado.
Porque se orientou a catequese e a pastoral num sentido diferente? Porque se insistiu numa virgindade física e literal da Mãe de Deus, como se isso fosse uma realidade valiosa. Valiosíssima. Fundamental Até chegar ao dogma!
Mas quando, como aqui em Portugal, se entrega a crianças de dez ou doze anos a catequização de crianças ainda mais pequeninas, deliberadamente se entrega a cristandade a crenças marginais aos dogmas professados há séculos.
O SNPC (Secretariado Nacional para a Pastoral da Cultura) devia fazer meia-culpa pelo desleixo e quase desprezo que na prática manifesta pelo credo que diz professar. Se tivesse sido um pouco mais responsável a fazer passar a teologia da fé que professa nem sequer um livro como este teria sido escrito, porque nada de novo e muito menos escandaloso existe neste romance.
Mas as coisas chegaram a este ponto e agora a Igreja vai ter muito que explicar aos quase cem mil leitores de um romance que poderia ser inofensivo.

Mario Neiva disse...

Errata: leia-se "...haveria de lançar mão de um tal recurso."

Mario Neiva disse...

A LICÃO ESUECIDA

Tão evidente e tão simples que escandalizou pelos séculos fora: o cristianismo proclamou que Deus-Pai foi o único que não se envergonhou da nossa Humanidade. Ela é como que a menina dos seus olhos, a quem ofereceu o que de mais preciso tinha: a sua própria divindade.
E por isso a teologia cristã proclamou Jesus Cristo "Deus e Homem Verdadeiro" e a mulher onde aconteceu a Encarnação, como a Mãe de Deus.
É tempo de enxergar em profundidade os horizontes desta teologia da "Maternidade Divina", percebendo que esta "Maternidade", se o é de uma mulher em concreto, Maria de Nazaré (A Virgem Maria dos Católicos), fique claro que a primeirissima Mãe de Deus é a própria Humanidade.
Nenhum teólogo cristão pode afirmar que Deus Encarnou por causa de uma mulher, mas por causa da Humanidade.
A Humanidade é tão realissima Mãe de Deus quanto a própria "Virgem Maria".
Não muda nada aos dógmas cristãos-católicos, mas abre uma perspectiva surprendente sobre a verdadeira e completa humanidade da Mãe de Jesus.
E como acabam por parecer mesquinhos os apegos a aspectos fisiológicos que os próprios evangelistas nunca valorizaram!
É tempo de uma nova catequese sobre a mesmissima e multisecular teologia cristã.
Vai doer? Não dissessem tantos disparates.

Lima disse...

Talvez tenhas razão. Mas temo que tenhas de fazer como S. António... porque, no tema, não terás aqui grande audiência.

Anonimus disse...

S. Nuno de Santa Maria !

Por acaso este nome diz a ti AAC alguma coisa? A mim diz muito. Procura a resposta dentro de ti.

Mario Neiva disse...

Não sei, não, amigo Lima. O Sr Perfeição já me questiona sobre o S.Nuno. Acredito que faça outras perguntas e bem mais explícitas.
Claro que sei muito bem quem é frei Nuno de Santa Maria, recentemente canonizado. Mas fiquei com a impressâo que não era bem esta a pergunta que o Sr Perfeição me queria fazer. Venha a pergunta.

Lima disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lima disse...

Respeito o teu S. Nuno, Sr. Perfeição, mas eu prefiro de longe o meu... Nuno Alvares Perera. Compreendes?!

António Costa disse...

O ÚLTIMO SEGREDO e a polémica sobre a vida de Jesus

Ainda não li o referido livro, porque ainda não me foi possível obter nas livrarias cá da terra; entretanto ou à boleia do romance ou porque convém aos entendidos (diga-se pastores )têm surgido aqui ou ali alguns encontros de reflexão deste tema ou de outros semelhantes.
Decorreu há dias no Seminário da Boa Nova em Valadares um encontro denominado IGREJA EM DIÁLOGO e que versou sobre o tema QUEM FOI E QUEM É JESUS CRISTO?
Neste encontro estiveram algumas vozes polémicas da teologia espanhola e portuguesa, onde se fizeram declarações algo bombásticas "politicamente incorrectas" ao arrepio dos sermões paroquiais normalmente ouvidos nas nossas igrejas.
Há o perigo de esquecer o Jesus histórico.Foi afirmado que Jesus teve 4 irmãos-2 do pai e 2 da mãe.
À pergunta:Quem matou Jesus? Directamente o Governador e a oligarquia do tempo.
José Maria Castilho, especialista em cristologia:
A Igreja tal como está organizada não vem de Jesus, mas sim de Paulo.Os Evangelhos " estorvam" a organização da Igreja tal como estão.
A Igreja predominantemente masculina é um fenómeno cultural.
A Igreja prefere gente submissa.
Nova evangelização? Não sabe bem no que consiste ou o que se quer dizer; é um termo que se deve concretizar.

Jesus não impôe a sua salvação. Foi assinado por Ratzinger a famosa "Sem a Igreja, não há salvação".De maneira nenhuma está de acordo.Jesus foi um pregador religioso e político.

Andrés Torres Queiruda(Prof.Religião Universidade de Santiago de Compostela:
Ressurreição-esperança, verdade de fé dificil de compreender
Quem é o ressuscitado? Um cadáver que volta à vida? Isso não seria ressurreição, seria reminiscência. O que mantem a continuidade(após a morte) é o amor de Deus.
Não há aparições depois da ressurreição de Jesus.Pessoas muito imaginativas podem referir aparições mas de facto não existem.
Pastorinhos de Fátima tiveram visões, não aparições.

Há no entanto muitas perguntas, que ficaram por fazer e outras tantas que ficaram sem resposta,;Sobre como aparecem os quatro irmãos de Jesus e a continuação ou não da virgindade de Maria, a Mãe de Jesus, nada transpirou desse encontro(tanto quanto eu ouvi das declarações à TSF-jornalista e padre Manuel Vilas Boas).

Como já o disse há tempos atrás, continuámos a recitar o CREDO, mas muitos de nós estamos a anos-luz de compreender o que estamos a dizer, e pior ainda, há referências que estão completamente deturpadas do sentido
que elas encerram.
NICEIA foi há muitos anos, mas penso que hoje ainda se continua a partir muita pedra para decifrar este código de conduta de milhões de cristãos.

Anonimus disse...

...qual o sentido da vida?
As sandálias do discípulo fizeram um barulho especial nos degraus da escada de pedra que levavam aos porões do velho convento.
Era naquele local que vivia um homem muito sábio. O Jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou e demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca luminosidade.
Finalmente, ele localizou o ancião sentado atrás de uma enorme escrivaninha, tendo um capuz a cobrir-lhe parte do rosto. De forma estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.
O discípulo aproximou-se com respeito e perguntou, ansioso pela resposta:
-Mestre, qual o sentido da vida?
O Idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede. Depois apontou com o indicador magro para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha.
Mais do que depressa, o discípulo pegou no pano, subiu algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência.
O sol inundou o aposento e iluminou com a sua luz estranhos objectos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.
Cheio de alegria, o jovem declarou:
- Entendi, mestre. Devemo-nos livrar de tudo aquilo que não permita o nosso crescimento. Procurar retirar o pó dos preconceitos e as teias de opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos ver as coisas com mais nitidez.
Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera.
O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com uma claridade a que se desacostumara. Viu o discípulo afastar-se, sorriu levemente e falou:
- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro vê. Afinal. eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu.

Anónimo disse...

Imaginem se ele entrasse de chancas, com aquelas tacholas grandes e baruhentas que se ouviam a 100 metros de distãncia, a bater nas pedras dos caminhos irregulares, como eu usei em tempos idos!...

Anónimo disse...

VAMOS TODOS AO MAGUSTO, NA CASA DO CACHETAS?

UM ABRAÇO ATÉ LÁ...

Anonimus disse...

Hoje dia de S. Martinho


S. Martinho milagroso
Eu bem quero festejar-vos
Mas as castanhas não prestam
E o vinho é horroroso.
Gosto de castanhas doces
Não gosto de vinho azedo
S. Martinho milagroso
Dai-me vinho generoso.
Se o vinho for docinho
Comem-se bem as castanhas
Sabores mais apetecíveis
Em emoções mais profanas.
(L)

Mario Neiva disse...
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Mario Neiva disse...
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Mario Neiva disse...
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Mario Neiva disse...
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Mario Neiva disse...

Tenho frio, São Martinho
Cobre-me com a tua capa
Ou dá-me um copo de vinho
Que me aquece ou é zurrapa

As castanhas são quentinhas
Mesmo sem capa e sem vinho
Quando saem tostadinhas
De entre a caruma de pinho

Na cidade a coisa é "chique":
Assadas no pocarinho
Vendedeiras ao despique
A lembrar que é S.Martinho

Este ano é dia-não
Na festa do S.Martinho
Não fez surpresa o verão
Está tudo molhadinho

Anónimo disse...

Este, já se foi! Caiu de maduro...

Anónimo disse...

Muita gente a visitar este blogue e ninguém diz nada?????
Deixem-se de vergonha e mandem umas farpas, ainda que seja contra a situação que é uma miséria franciscana, salvo seja, já que os de S. Bento, vivem afanados, como porcos bem nutridos, prontos para a matança e outra coisa não meceriam, com tanto roubo e escândalos de bradar aos céus...
O povo (miserável) é que paga, para esses grandes FP.

Mário Neiva disse...

Faleceu o Pe Matias Rekers.

Após doença prolongada faleceu na Holanda natal o Pe Matias.
Os "marianos" não o conheceram, mas os "clérigos" (professos carmelitas estudantes de filosfia e teologia) foram quase todos seus alunos em Fátima e em Lisboa.
Com ele convivi durante quatro anos, como confrade e aluno, e devo-lhe, em boa parte, o meu entusiasmo pela filosofia.
Era um professor rigoroso, dedicado e sábio.
Contaram-me os mais velhos que foi demasiado severo enquanto Prefeito dos Clérigos. Eu tive a sorte de o conhecer na fase pos-Vaticano II, já com um espirito mais aberto e mais fraterno.
O Pe Matias foi outra das pessoas que encheram de gratas lembranças os meus anos de carmelita.
Neste momento ocorre-me pensar na esperança cristã da ressurreição e que esta só fará sentido se for completa, como proclama o cristianismo de Paulo de Tarso, ou seja, uma ressurreição que preserve ou recrie a identidade completa da pessoa, em corpo e e alma. É a "loucura" do evangelho cristão.

Não conheço esperança mais linda.

Carl Sagan, já doente e internado leito de morte, escreveu o seu ultimo livro "Um Mundo Povoado de Demónios" . Aí recorda, ele um não-crente, a perda do pai. Antevendo já a sua morte, confessa que a coisa que mais desejava era poder ver de novo o seu pai, nem que fosse uma única vez, para lhe dizer como estava, apresentar-lhe a mulher e os netos. Mas reconheci que tal não passava de um sonho.

O sonho do cristianismo.

Quando penso nos meus entes queridos falecidos, os meus avós, os meus pais, apetece-me dizer como na cançoneta da Adelaide Ferreira, a propósito de um amor perdido:

Eu dava tudo
P'ra te ter aqui
Ao pé de mim
Outra vez

A morte leva-nos aqueles que amamos, mas fica a saudade de uma memória cheia de ternura.
E, para os creem na ressurreição cristã, a esperança do reencontro completo e feliz.

Mário Neiva disse...

Faleceu o Pe Matias Rekers.

Após doença prolongada faleceu na Holanda natal o Pe Matias.
Os "marianos" não o conheceram, mas os "clérigos" (professos carmelitas estudantes de filosfia e teologia) foram quase todos seus alunos em Fátima e em Lisboa.
Com ele convivi durante quatro anos, como confrade e aluno, e devo-lhe, em boa parte, o meu entusiasmo pela filosofia.
Era um professor rigoroso, dedicado e sábio.
Contaram-me os mais velhos que foi demasiado severo enquanto Prefeito dos Clérigos. Eu tive a sorte de o conhecer na fase pos-Vaticano II, já com um espirito mais aberto e mais fraterno.
O Pe Matias foi outra das pessoas que encheram de gratas lembranças os meus anos de carmelita.
Neste momento ocorre-me pensar na esperança cristã da ressurreição e que esta só fará sentido se for completa, como proclama o cristianismo de Paulo de Tarso, ou seja, uma ressurreição que preserve ou recrie a identidade completa da pessoa, em corpo e e alma. É a "loucura" do evangelho cristão.

Não conheço esperança mais linda.

Carl Sagan, já doente e internado leito de morte, escreveu o seu ultimo livro "Um Mundo Povoado de Demónios" . Aí recorda, ele um não-crente, a perda do pai. Antevendo já a sua morte, confessa que a coisa que mais desejava era poder ver de novo o seu pai, nem que fosse uma única vez, para lhe dizer como estava, apresentar-lhe a mulher e os netos. Mas reconheci que tal não passava de um sonho.

O sonho do cristianismo.

Quando penso nos meus entes queridos falecidos, os meus avós, os meus pais, apetece-me dizer como na cançoneta da Adelaide Ferreira, a propósito de um amor perdido:

Eu dava tudo
P'ra te ter aqui
Ao pé de mim
Outra vez

A morte leva-nos aqueles que amamos, mas fica a saudade de uma memória cheia de ternura.
E, para os creem na ressurreição cristã, a esperança do reencontro completo e feliz.

Mário Neiva disse...

Desculpem as gralhas no texto. Não reli e fiz mal.

Mário Neiva disse...

Falecimento do Pe Martias

Recebi de um antigo confrade a quem informei do passamento do Pe Matias:


"A tua notícia sobre falecimento do Pe. Matias veio trazer-me à mente vários episódios da minha vida de estudante.

Passei o dia a rememorar a figura do Matias...

Era uma pessoa simpática. Judeu de origem (penso eu), sabia comunicar os aspectos sérios (graves) e anedóticos da vida.

Era um pensador solitário.

Foi com ele (em Fátima) que tive o primeiro contacto com o espírito do Renascimento. Bem ou mal explicado, tive problemas de entrar no âmago da questão e, por isso, obrigou-me a fazer novo exame de filosofia renascentista e moderna. Sempre gostei de falar com ele.

Um dia, indo ele para França, pernoitou em minha casa. Depois do jantar e após um bom café acompanhado de um copioso conhaque, decidimos dar um passeio às 04h30 da manhã. Quis mostrar-lhe o bairro das Beguinas (freiras) que era uma arquitectura muito especial e típicamente medieval onde viviam as freiras. Aquela arquitectura, implantada nos desenhos das ruelas sinuosas, iluminadas por luz eléctrica esbatida pelos tímidos raios solares que começavam a despontar no horizonte nórdico (estávamos no verão), foi simplesmente paradisíaco. Foi um passeio repleto de bons ensinamentos. Teve tempo para me contar como se apaixonara pela pessoa com quem vivia; e foi por causa de um livro...

Ao longo dos anos, quando me falavam do Pe. Matias, eram estas cenas que me vinham à memória.

Matias foi um bom companheiro de pensamento. Foi uma lição à maneira dos peripatetas. Era uma pessoa (pre-)ocupada e envolvida na procura da Verdade. Foi uma pessoa sub-ultilizada, porque muito mais poderia ter dado à Comunidade, não fora o ambiente dogmático que abraçara religiosamente.

Porque a vida é um marco no Tempo, o seu pensar desaparece, mas fica o Tempo que amadurece o nosso pensamento".

Anónimo disse...

Tanta gente visita a página e ninguém escreve nada?
Eu escrevo, pouco e mal, mas gosto de ler.
Força companheiros...

Mário Neiva disse...

"O Último Segredo"
de José Rodrigues dos Santos

Continua no top de vendas e certamente a deixar confusos muitos leitores cristãos.
Embora se trate de um romance, o autor não soube fazer a distinção necessária e obrigatória entre um relato teológico que pretende transmitir um ensinamento e um relato jornalístico sobre um acontecimento histórico ocorrido num determinado lugar, num determinado tempo e com determinados intervenientes.
Confundir os dois planos não é honesto nem legítimo.
Infelizmente, a pastoral cristã, quase desde os primórdios do movimento cristão, fez o mesmo que o JRS e confundiu, deliberadamente ou por ignorância, os dois planos de uma narrativa, assumindo como factuais "histórias" escritas apenas para transmitir um ensinamento teológico.
Tomemos, por exemplo, o relato da "Ressurreição de Lázaro". Esta narrativa constitui-se como um exemplo eloquente e fortíssimo da mensagem central do Evangelho da Ressurreição de S.Paulo, anunciada e escrita cerca de cinquenta anos antes! O evangelista João revela nesta narrativa uma fidelidade total à Boa Nova da ressurreição, tal como havia sido pregada por S.Paulo: todos morrem, até os amigos queridos de Jesus e todos choram a sua perda inevitável, como o próprio Jesus chora a perda do seu amigo. Estava morto, bem morto (em decomposição, já cheirava mal) e Jesus não mexera um dedo para evitar a morte daquele que amava (permaneceu onde estava, depois de avisado da sua doença).
O que aqui é claramente transmitido é que todos morrerão, inevitavelmente, como Lázaro, mas a morte não será o fim da linha.
Se este texto fosse interpretado como uma narrativa factual, que sentido faria ressuscitar Lázaro hoje, para ele voltar a morrer amanhã? Era como andar a brincar ao faz-de-conta com a própria vida.
A ressurreição aparece no horizonte do cristão como fundamento da sua fé e da sua esperança. E não é a ressurreição de um "espirito", de um "fantasma", mas do amigo completo, reconhecível na sua identidade e na amizade que transita de uma vida para a outra. Numa palavra, a ressurreição do "homem integral" e por isso mesmo identificável.
É impressionante a força da imagem de um Lázaro que emerge da podridão e do pó para regressar ao convívio da família e dos amigos. Em S.Paulo e no evangelista João não existem almas desencarnadas. Existe a perspectiva de um novo prodígio, a nova criação, que veio através de um novo Adão, Jesus Cristo.
As igrejas cristãs perderam a força do evangelho ao desprezarem a "ressurreição da carne", desprezando “meio-homem”. O facto de não ter acontecido ainda esta ressurreição ou não se fazer ideia de como tal se possa concretizar, não justifica que seja menosprezada ou mesmo negada a fé na ressurreição do homem “em corpo e alma”.
Recordando o dogma católico da “Assunção de Nossa Senhora” é tempo de retomar o evangelho de Paulo de Tarso e proclamar, como ele, a “Assunção da Humanidade” à vida ressuscitada. Este é que é, no meu entender, o dogma central do cristianismo.

Lima disse...

Mário, e que fazemos das leis da física, às quais obedece a matéria de que somos feitos? Muitos destes ensinamentos, destas certezas por nós transformadas em verdades absolutas, que nos deixaram os mestres da antiguidade, podem elas hoje resistir à luz das ciências modernas, terrivelmete destrutoras de ilusões?
Se cá voltasse, que nos diria hoje Paulo de Tarso?

Mário Neiva disse...

Caro Lima, claro que não faço a mínima ideia sobre o que diria alguém, depois de um salto de dois mil anos. Mas se Paulo de Tarso tivesse viajado esse tempo todo olhando o desenrolar da História, acredito que diria algo parecido com o que eu digo, passe a presunção, porque ele foi genial para o seu tempo e eu sou uma insignificância.
Comecei um novo comentário, que tive de interropmper, e nele vou dizer como a fé de Paulo de Tarso na ressurreição poderia ser entendida na actualidade.
Por agora posso dizer-te que a "ressurreição da humanidade" como eu a penso é essencialmente a transformação ou transfiguração através do processo histórico natural(evolução), respeitando integralmente as leis da física, da química, da biologia. Einstein disse um dia que "Deus não joga aos dados" , a propósito da "probabilidade" na física quantica. Eu diria que Deus não fez um universo faz-de-conta.
Neste sentido, a dinâminca da ressurreição está inscrita no homem e no próprio universo desde o "primeiro instante".
Relembrando a metáfora da Ressurreição de Lázaro, afirmaria que ressuscitar não é fazer reviver o cadáver do "homem velho", morto e putrefacto, mas transfomá-lo, transfigura-lo, recriá-lo.
E se é verdade que isso possa estar a acontecer paulatinamente na História de muitas e variadas formas, não é menos verdade que subsiste o problema de que cada um, pessoalmente, não vive o tempo suficiente para atingir a plenitude dessa transformação.
Terá sido esse o grande problema que se colocou a Paulo e às suas comunidades. E, como o problema se revelou inssolúvel, a cristandade encostou-se à "alma imortal" de Platão, passando a acreditar e a ensinar que, afinal, o homem não morre, ou morre só em parte ou verdadeiramente o homem não é matéria, não é corpo. O universo físico passou a ser um cárcere e o a "alma humana" a ser considerada uma desgraçada e degredada no vale de lágrimas do universo material, físico, corporal.

Finalmente. Obrigado pela tua intervenção. Sinto-me menos só a tanger o blog. Além disso e sobretudo as interpelações ou propostas de novas ideias só nos enriquecem.
Um abraço grande do teu amigo desde a nossa Falperra.

Anónimo disse...

O Jorge que ainda votava por aqui quatro lérias, amuou, o que é pena, porque com tantas visitas que acontecem neste blogue, merecia mais atividade por parte dos nossos estimados escribas.
Força companheiros, não vamos ficar com este espaço, apenas, para mostrar os lautos banquetas que vão acontecendo ao longo do ano, não acham?
Tudo bem, também fazem falta, mas nem só de pão vive o homem...

Mário Neiva disse...

Às vezes tinha vontade de o fazer, mas não vou lamentar a falta de comparencia, respeitando em absoluto os motivos daqueles que podiam mas não querem vir aqui deixar nem que seja um "olá". Alegro-me com os que vêm, como este anónimo persistente e companheiro que convida à participaçâo.
Não sei quem és, mas deixo-te o meu abraço ao mesmo tempo que reconheço o teu inconformismo.

Mario Neiva disse...

Milagres e Leis da Natureza

Antes de voltar à "Ressurreição" e porque o Lima questiona sobre o tema em epigrafe, convém deixar uma nota que me parece importantíssima, para evitar cair no disparate em que caiu o autor JRS em o "Ultimo Segredo".
Esse disparate fundamental consiste em "ler" a Bíblia ou outros textos religiosos dos nossos antepassados, como se eles tivessem os nossos conhecimentos científicos verdadeiramente revolucionários dos últimos quatro séculos.
A crença em Deus ou Deuses criadores era universal e inquestionável e Deus era senhor absoluto da sua Criação, intervindo nela como e quando e onde quisesse. As leis da física e da química eram simplesmente desconhecidas.
Neste contexto é fácil compreender que "os homens do tempo da Bíblia não estavam interessados naquilo que hoje para nós, filhos da era racional tecnológica , é tão importante: as leis da natureza. Não se pensava cientificamente, por isso não se entendia os milagres como rupturas das leis naturais, eles não eram entendidos como uma infracção de nexos causais. Por isso na Bíblia hebraica e no Novo Testamento não se diferencia em parte alguma entre milagres que correspondem às leis da natureza, e outros que as violam. Porque qualquer acontecimento através do qual Deus revela o seu poder era interpretado naquele tempo como um milagre, como um "sinal", um acto do poder de Deus" (Hans Kung -teólogo alemão- in O Principio de Todas as Coisas)
Exemplificando: fazer parar o sol e a lua era tão natural para o Criador como tê-los lá colocado no firmamento. O autor bíblico que escreveu esta "enormidade" astrofísica (parar o sol e a lua) conhecia o poder de Deus-Criador, que estava patente aos seus olhos, deslumbrados com toda a obra da Criação. Mas o mesmo autor não fazia a mínima ideia das leis da gravitação de Newton da era da ciência moderna.
Os milagres bíblicos não são uma violação das leis da natureza, nem subjectiva, nem objectiva. Não são violação subjectiva, porque ninguém pode violar uma lei que não conhece. Nem são violação objectiva porque efectivamente o raio mata, a tempestade destrói, a doença corrompe e tudo são actos de Deus-Criador.
Claro que toda esta mundividência pertence ao contexto da fé. Mas foi a fé e não o conhecimento das leis da física e da química que presidiu à elaboração às Escrituras.
Chamar embusteiros aos autores bíblicos equivale a chamar embusteiro a Galileu ou Newton porque acreditaram num universo sem a física da relatividade geral ou da física quântica.

Mario Neiva disse...

(Continuação)


Milagres e Leis da Natureza

O que já se torna deprimente é que nestes nossos dias dos primeiros anos do seculo XXI e depois de toda a ciência acumulada, se confunda a mundividência bíblica com a nossa mundividência e se veja milagres ou possibilidade de milagres onde apenas existe o normal funcionamento das leis da física, da química, da biologia, da neurologia etc. etc. inscritas, desde sempre, no universo que nos foi dado contemplar, estudar e compreender.
Ainda não compreendemos tudo, nem pouco mais ou menos, e até parece que estamos agora a começar as descobertas, mas ver uma intervenção de "Nossa Senhora de Fátima" na salvação dos seis tripulantes do barco "Virgem do Sameiro", em vez do trabalho incansável e dispendioso da nossa marinha e da nossa força aérea, é fazer uma confusão entre o passado e o presente, que não pode nem deve ser alimentada. É expor ao ridículo, sem necessidade, a fé dos homens que é marca da sua condição única de ser inteligente, sensível e consciente. Com efeito, qualquer pessoa de bom senso perguntará, a quem a credita, hoje, nestes “milagres”, porque é que a Senhora de Fátima não informou os homens da força aérea, desde o primeiro instante, da hora e do lugar do naufrágio e deixou em sofrimento durante três dias os pescadores e em suprema angústia os familiares. Ou simplesmente porque não preveniu o naufrágio.
A fé na arbitrariedade dos “deuses” é resquício do antigo e generalizado “paganismo” e perfeitamente compreensível à luz da História. Mas persistir nela é um anacronismo, infelizmente também compreensível, porque nem todos conhecem as ciências.
Cientes desta realidade, não devemos simplesmente reprovar a fé nos milagres, mas é dever alertar para uma realidade bem diferente e não menos prodigiosa deste nosso universo que vamos descobrindo.

Antonio Costa disse...

"MILAGRES" e"RESSURREIÇÃO"e "SANTIDADE"

Três palavras que ouvimos milhares de vezes ao ano.A primeira explicaste muito bem, Mário Neiva, mas, como já tenho referido várias vezes, há muita gente que confunde as explicações dos "mistérios" que a natureza nos apresenta com a"vontade de Deus"(ou dos deuses), quando, se houver da parte do homem, vontade de viver e de se realizar de acordo com "o seu sonho"-como muito bem assinalou atrás o Neiva, "o milagre da vida" acontece, ou, por outras palavras há um"ressurgir da morte dos problemas", mesmo no limite extremo acontecem "verdadeiros milagres".E nessa altura aparecem os "santos", "bem aventurados", "felizes,; e até "os ressuscitados"( transformados).

Eu, apesar de não ser tão crente quanto gostaria e deveria ser, estou no número daqueles que a- creditam que a felicidade(o céu)que Cristo nos prometeu é ganho(O PRÉMIO) cá na terra.E, (salvo raras excepções-tipo acidente...-)se tivermos que "pagar"(sofrer)para expiar os nossos erros, é enquanto estamos por cá.Infelizmente, quanto a mim, a catequese que é ministrada, não aponta nesse sentido; daí o haver cada vez mais pessoas,que, à mínima adversidade, e, porque há pouca formação catequética, desinteressam-se pelas coisas da fé e abandonam completamente a esfera religiosa. Brevemente gostaria de compartilhar convosco um tema bastante actual e que tem a ver com a ética e a justiça(na sua mais recente variação-EQUIDADE)

Lima disse...

O teu texto acima, Mário, é o que eu gostaria de ter escrito se a coragem e o jeito não me faltassem.
Adivinhaste o meu pensamento quando te interpelei a respeito da interpretação dos textos antigos e que resumi na interrogação: "Se cá voltasse, que nos diria hoje Paulo de Tarso?" Abordas o problema à luz dos conhecimentos hoje disponíveis, e faze-lo com pertinência e coerência.
Desconheço até que ponto o J. R. dos Santos “disparatou”, mas, sem o defender de forma alguma, não posso deixar de pensar nos intelectuais sérios e honestos, (que ainda existem), que, libertos de paradigmas e dogmas impostos, procuram apenas dar mais visibilidade à verdade histórica, tantas vezes camuflada, deturpada, ou simplesmente embelezada para satisfazer egos, causas e conceitos à procura de reconhecimento. Não esquecendo que, nunca mais do que hoje, se encontram teses provando tudo e o seu contrário, temos que admitir que só o conhecimento dos factos reais, a história vista à luz das ciências da matéria e da razão, pode ser útil ao progresso do ser humano.
Concebo que esta linha de pensamento, não será a de muitos dos nossos amigos que passam por este blogue. No entanto, o meu pensamento vai sobretudo para aqueles “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” que continuam a engrossar as multidões. Sem emancipação, o ser humano, é um animal carenciado, ovelha solitária, pronta a seguir qualquer pastor que encontre, e a juntar-se ao seu rebanho.
Nos nossos dias, em que mais do que nunca se requer e exige liberdade, penso que o homem só será livre quando deixar de ser escravo da ignorância.

Anónimo disse...

Isto é que vai uma crise!...
Que múmias paralíticas!...
Vamos ver se ao menos aparecem para desejarem Bom Natal( com crise) e um Novo Ano, sabe-se lá como, da forma que isto vai...

Mário Neiva disse...

Também penso como tu, caro Lima, que a resposta nunca será consensual. Deus, quero dizer, o que quer que seja e signifique a realidade por detrás desta palavra, será sempre a ideia de alguém acerca do impensável. Por definição, ou seja, por aquilo que todas as pessoas afirmam acerca da divindade, Deus é uma realidade inconcebível. Portanto, não pode ser metido dentro de um conceito. . É pessoal ou impessoal? Não, porque isto são conceitos nossos. É finito ou infinito? É perfeito ou imperfeito? É bom ou mau? Outra vez, não, porque são tudo conceitos humanos.
Quando nos referimos a Deus, quer para negar, quer para afirmar a sua realidade, pensamos em "algo" para além da nossa realidade universal. Pensamos na transcendência, para negar ou para afirmar Deus.
Hans Kung limita-se a repetir, hoje, o que sempre foi dito de uma ou de outra forma acerca da problemática de "Deus". Assim ele propõe que Deus é simultaneamente transcendente e imanente ao universo, sendo Deus o próprio universo e a sua alteridade. Logo, Deus é o finito e o infinito, a perfeição e a imperfeição, o relativo e o absoluto, o pessoal e o impessoal.
Temos de convir que tal posição pode esclarecer alguma coisa sobre o pensamento humano mas não ajuda a compreender Deus, porque ser uma coisa e a sua alteridade não passa da afirmação de uma mera possibilidade nunca demonstrável.
Hans Kung propõe como saída uma outra atitude mental. Ele conclui que, de facto, a razão não pode superar o paradoxo de uma realidade que é também a sua alteridade ou contrário. Mas pode
presenciá-la!
Pode vivenciá-la!
Pode ver como está mergulhado nela!
Porque o ser humano é muito mais que razão pura, muito mais que lógica, muito mais que pensamento desencarnado!
E eu concordo, por todas as razões deste mundo, mas sobretudo por sabermos que a vida precede o pensamento. Eu já "era", sem sombras de dúvida, mesmo antes de saber que "era" e ainda muito longe de saber quem somos.
Hans Kung é categórico: não pense o homem que pode provar por "a+b" a existência de Deus, pois teria de conceber o infinito e reduzi-lo a uma fórmula matemática.
Mas pode saborear o seu contacto e mesmo a sua completa proximidade, depois que despertou para consciência de si mesmo e do seu universo.
É como beber da água cristalina e pura de uma fonte sem se fazer a mínima ideia de que seja H2O.
Esta compreensão da "realidade divina" estará na origem da "excomunhão" do Pe Teólogo e filósofo Hans Kung, apesar da longa amizade que continua a manter com o actual Papa Bento XVI. A teologia católica sabe que ele tem razão. Mas as coisas não podem ser pregadas deste modo porque há muitos dogmas doutrinais a proteger…
Para Hans Kung, ninguém em particular, seja uma igreja, uma ideologia, uma ciência ou uma simples pessoa, pode arvorar-se em procurador de uma verdadeira, definitiva e infinita "Palavra de Deus". Quando muito, todos e cada um, serão a face e a palavra limitada da infinita alteridade. Melhor dizendo, da consciência dela.
Se há alguém que pensa que isto é pouco ou muito pouco, então é porque ainda nem chegou a levantar os olhos do chão para tentar descortinar o que está para lá do horizonte.

(Publicado no meu blog Laje Negra)

Mário Neiva disse...

Nota

Esta fé de Hans Kung está publicada na sua obra "O Principio de Todas as Coisas" , sub-título Ciência e Religião) Edições 70, Lda)

Anónimo disse...

Dizem que a fé é que nos salva!
Não tenho fé nenhuma nisto!
A ver vamos como diz o cego...

Mário Neiva disse...

Por sugestão de um AA e ex-confrade deixo aqui publicada a sua opinão sobre o acordo ortográfico

Se não concordas com o Acordo Ortográfico, tens ainda uma oportunidade de manifestar o teu desacordo a nível oficial.
O site “ www.ilcao.cedilha.net ” ( ILCAO = Iniciativa Legislativa de Cidadãos Acordo Ortográfico) proporciona-nos um abaixo-assinado, cuja minuta individual para assinatura encontras em anexo. Procura-se atingir a recolha de 35.000 assinaturas subscritoras desta Iniciativa para levar este debate à Assambleia da República, a fim de obstar à implementação do Acordo Ortográfico.

Eu já o fiz, por motivos de cidadania nacional.

E fi-lo, porque recuso que interesses de índole meramente mercantilista venham mexer, numa letra que seja, no nosso capital linguístico, na nossa Língua (que levou 800 anos a construir), na nossa Musicalidade própria. E é esta característica própria que faz com que sejamos PORTUGUESES! É por isso que somos Europeus com características próprias. Ao mexer nestas características, é a nossa identidade que está em jogo. E, na minha opinião, só quem desconhece a importância da História, da Geografia e do Solo Pátrio é que não vê a necessidade de lutar contra este Acordo Ortográfico que coloca o Povo Português numa subserviência a entidades de interesses mercantis que a todo o custo querem impor os seus interesses financeiros com desrespeito completo pela cultura dos Povos.

Mário Neiva disse...

Se os outros Povos ditos lusófonos se distanciam da nossa Língua, deixá-los: guiam-se por outros parâmetros para que assim seja; são movimentos incontrariáveis e incontroláveis; é a História dos Povos autónomos e independentes. Mas este Acordo Ortográfico apresenta-se como uma tentativa de Nos aproximarmos destes movimentos e sabemos que linguisticamente não será possível tal aproximação. Como independentes que são, têm toda a liberdade de construírem a sua independência linguística. Têm outra História, outra Geografia, outras vivências. Só ficamos a perder com este tipo de concessões no domínio linguístico.

D. Dinis fundou a 1ª. Universidade Portuguesa em Lisboa (no finais do séc. XIII - 1290) para nos dotar precisamente duma Língua Nossa, capaz de se impor como identidade própria a outros falares que não lusos. Vingou a expressão oral do Povo Português que foi transcrita numa Gramática que evoluiu ao longo dos séculos. Mas evoluiu por um esforço natural das populações e não sob a pressão político-económica de agentes estranhos ao nosso Povo. A expressão quinhentista da nossa Língua (Sá de Miranda, Luís de Camões, ...) é o culminar duma irreversível independência cultural e linguística; a LÍNGUA é o ÚNICO PILAR IRREDUTÍVEL E IDENTIFICADOR dum POVO civilizado.

E, aqui, uma palavrinha para aqueles que pensam e afirmam que “não precisamos do Passado para constuirmos o Futuro” (palavras ouvidas da boca de um interlocutor numa das Rádios em Portugal). Estes senhores são completamente agnósticos, porque, se não fosse o Passado, como poderiam comunicar pela Rádio? Se não fosse o Passado, como andariam eles hoje vestidos? (talvez de tanga ou nem isso!). Se não fosse o Passado, como poderiam eles hoje utilizar um telemóvel? Se não fossem os nossos Antepassados, como poderiam eles hoje ser portugueses? São estes analfabetismos que atrasam um Povo. São estes analfabetismos que vendem sem escrúpulos a ALMA dum Povo. Mercantilizam o Sagrado.

Não se justifica prescindir do nosso valor identificador para servir interesses mercantilistas alheios à nossa realidade cultural.

Globalização? Sim !
Mundialização? Sim !
Universalismo? Sim !
Direitos? Sim !
Deveres ? Sim !
DESRESPEITAR A EXPRESSÃO NATURAL DUM POVO ? NÃO!

Mário Neiva disse...

Se os outros Povos ditos lusófonos se distanciam da nossa Língua, deixá-los: guiam-se por outros parâmetros para que assim seja; são movimentos incontrariáveis e incontroláveis; é a História dos Povos autónomos e independentes. Mas este Acordo Ortográfico apresenta-se como uma tentativa de Nos aproximarmos destes movimentos e sabemos que linguisticamente não será possível tal aproximação. Como independentes que são, têm toda a liberdade de construírem a sua independência linguística. Têm outra História, outra Geografia, outras vivências. Só ficamos a perder com este tipo de concessões no domínio linguístico.

D. Dinis fundou a 1ª. Universidade Portuguesa em Lisboa (no finais do séc. XIII - 1290) para nos dotar precisamente duma Língua Nossa, capaz de se impor como identidade própria a outros falares que não lusos. Vingou a expressão oral do Povo Português que foi transcrita numa Gramática que evoluiu ao longo dos séculos. Mas evoluiu por um esforço natural das populações e não sob a pressão político-económica de agentes estranhos ao nosso Povo. A expressão quinhentista da nossa Língua (Sá de Miranda, Luís de Camões, ...) é o culminar duma irreversível independência cultural e linguística; a LÍNGUA é o ÚNICO PILAR IRREDUTÍVEL E IDENTIFICADOR dum POVO civilizado.

E, aqui, uma palavrinha para aqueles que pensam e afirmam que “não precisamos do Passado para constuirmos o Futuro” (palavras ouvidas da boca de um interlocutor numa das Rádios em Portugal). Estes senhores são completamente agnósticos, porque, se não fosse o Passado, como poderiam comunicar pela Rádio? Se não fosse o Passado, como andariam eles hoje vestidos? (talvez de tanga ou nem isso!). Se não fosse o Passado, como poderiam eles hoje utilizar um telemóvel? Se não fossem os nossos Antepassados, como poderiam eles hoje ser portugueses? São estes analfabetismos que atrasam um Povo. São estes analfabetismos que vendem sem escrúpulos a ALMA dum Povo. Mercantilizam o Sagrado.

Não se justifica prescindir do nosso valor identificador para servir interesses mercantilistas alheios à nossa realidade cultural.

Globalização? Sim !
Mundialização? Sim !
Universalismo? Sim !
Direitos? Sim !
Deveres ? Sim !
DESRESPEITAR A EXPRESSÃO NATURAL DUM POVO ? NÃO!

Mário Neiva disse...

Quando a ganância do espírito meramente mercantilista QUER NEGAR o meu direito e dever de indentidade, o meu dever de preservação da minha cultura genuína, o meu direito de globalização de contacto da minha cultura com outras culturas sem negar a minha própria identidade, penso que é querer negar a minha existência própria, assente em valores que NÃO SÃO NEGOCIÁVEIS. Há coisas que não se negoceiam! A ALMA dum Povo não é negociável!... É insustentável que se altere a Língua em troca de alguns interesses económicos... Isto é mais que adultério... é uma prostituição...

Com efeito, mexer no Código Linguístico dum Povo, é atropelar o Direito que tem este Povo à expressão no seu próprio idioma; é negar-lhe a genuína expressão oral e escrita num código que lhe é próprio; é mexer na forma de expressividade dos sentimentos; é impedir a expressão da sua mundividência; é mesmo tornar difícil a existência física e mental dum Povo; é negar muito simplesmente a sua existência. E os Políticos que, em Portugal ou fora de Portugal, se vergam a estas tentativas de aniquilamento da nossa identidade NÃO SÃO PORTUGUESES ! Vendem a nossa economia, mas não podem vender a nossa ALMA. E não posso tolerar que os não-portugueses decidam da nossa História e da nossa Língua e da nossa Geografia. Basta já a falta de decisão económico-financeira a que nos submetem ! Não somos donos da economia mundial, mas somos donos da nossa Língua!

Mário Neiva disse...

Ser moderno não é abdicar dos seus direitos essenciais! Ser moderno não é submeter-se a tudo o que os outros nos mostram ou nos dizem! Afirmar Portugal no Mundo moderno não pode passar pela negação da sua Língua no mínimo ponto que seja! Em que base assentaria a nossa Independência?! No Inglês? No Francês? No Alemão? No Espanhol? No Dólar? No Euro?...

Em muitas cabecinhas falta ainda “cumprir-se Portugal” no que de mais nobre O define: a sua Língua, a sua História, a sua Geografia, a sua Música, o seu Sonho...

Este Acordo Ortográfico coloca-nos numa incongruência inadmissível face a nós mesmos. Eis alguns exemplos (7) aberrantes de ataques à Língua que este Acordo Ortográfico encerra:

1. Antes: Adão (o 1° “a” é fechado por ser sílaba átona);
Acção (o 1° “a” , apesar de ser átono, é aberto pela consoante “c” que o segue)
Acordo O. :Adão ( o 1° “a” é fechado por ser sílaba átona);
Ação (o 1° “a” deve ser fechado pela mesma regra fonética da palavra “Adão”)

2. Antes: É grande o tecto da casa. ( O “e” é aberto)
É grande o teto da vaca. (O “e” é fechado).
A.O.: É grande o teto da vaca e é grande o teto da casa. (confusão, pela mesma causa da palavra acção)

3. Antes: Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Julho, Agosto, ... (nomes com origem em nomes próprios, o que é verdadeiro).
A.O.: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho.... (nomes com origem em nomes comuns, o que é falso).


4. Antes: Ele péla pela cara.
Acordo.O.: Ele pela pela cara. (passamos do que era claro, antes, a uma confusão de significados com o A.O.)

5. Antes: O comboio vai para Faro e pára em Lisboa. Em Faro pára de andar.
A.O.: O comboio vai para Faro e para em Lisboa. Em Faro para de andar.( fonte de confusões)


6. Antes: O fim de semana é à meia-noite de domingo. (= um ponto no tempo)
Este fim-de-semana (sábado e domingo) vai ser longo. (= uma extensão no tempo)
A.O.: O fim de semana é à meia-noite de domingo. (= um ponto no tempo)
Este fim de semana (sábado e domingo) vai ser longo.(contraditório: um ponto = uma extensão)


7. Antes:Caminho-de-ferro : carris de ferro sobre os quais se desloca o comboio.
Caminho de ferro: pavimento, estrada feita de ferro (não existe)
A.O.: Caminho de ferro: carris de ferro e estrada feita de ferro.(confusão de significados).


Se a tua Língua te permite expressar os teus sentimentos de alegria e tristeza, se a tua Língua te permite exprimir a tua vivência, não deixes que A adulterem. Se cultivas a tua Língua e não concordas com o Acordo Ortográfico, aproveita a oportunidade que tens em mostrares aos nossos Parlamentares o teu desacordo, assinando o abaixo-assinado.

Ponhamo-nos de pé e bem em pé!

Mário Neiva disse...

Embora não esteja a respeitar o acordo ortográfico, não partilho a opinião deste meu amigo e professor da lingua que vê maltratada no referido acordo. Sou um pouco como o meu pai que teimava em escrever "pharmácia", que os "antigos é que sabiam".
Este acordo ortográfico não é o primeiro e provavelmente não será o último, a não ser que o português venha a tornar-se numa língua morta, como o latim e o grego clássico.
O primeiro acordo foi apenas entre Portugal e o Brasil e este quase fica por aí mesmo.
Não sinto nem penso que a minha identidade seja beliscada por tão pouco, como a grafia de algumas palavras. Porque é a forma e não o fundo que está em causa.
O exemplos destacados deixaram-me um tanto perpelexo. Com efeito,se a vaca tem um teto e a casa tem um teto...a casa da camisa não tem telhado! Numa palavra, a leitura exige a inteligência do contexto.
É verdade que a nova grafia "esconde" a história do vocábulo, mas a linguagem é, em primeirissimo lugar,o meio de comunicação normal entre as pessoas, que a utiliza com a mesma naturalidade com que bebe a água, sem cuidar da sua origem no oxigenio e no hidrogénio.
A pesquisa das suas raizes cabe aos especialistas.
Esta é mais uma fase da língua, ainda que, aqui e agora, a evolução seja forçada por um acordo. Mas é só isso e eu não descortino as razões mercatilistas.
O meu amigo e autor do texto fala em 800 anos de história, mas também pode perspectivar outros tantos. E nem sonhe que língua não vai evoluir, seja a bem ou mal.

Mário disse...

Errata: as pessoas utilizam...bebem; mercantilista; a bem ou a mal

Mario Neiva disse...

Errata (2): leia-se "fiquei perplexo".

Mário disse...

O meu vibrante aplauso para o "nosso bispo":

«O bispo de Beja denunciou ontem indícios de "trabalho escravo de asiáticos" em diversas explorações do Baixo Alentejo. A maioria destes estrangeiros, de nacionalidade tailandesa, laboram em algumas das empresas agrícolas da região de Odemira, visitadas em Novembro pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

"Ainda no outro dia lá visitava uma exploração agrícola e fez grandes elogios, mas a maioria das pessoas que lá trabalham são grupos vindos da Ásia que se sujeitam àquele ritmo de trabalho sazonal quase dia e noite", referiu D. Vitalino Dantas à Renascença, a propósito do Dia Internacional do Migrante, ontem assinalado.» [CM]

Anónimo disse...

Boas Festas, Feliz Natal e optimo Ano Novo de 2012 a todos desje a este anónimo dos anónimos.

Anónimo disse...

Ainda bem que pelo menos um anónimo desejou BOM NATAL. Bem digo eu, este blogue anda meio moribundo,ou achacado a qualquer mal ruim.Deus nos livre de maus olhados, mas que isto vai cada vez mais pobre, é um facto que todos vimos a constatar.
TENHAM UM BOM ANO DE 2012 E DEUS VOS ABENÇOE A TODOS.

Anónimo disse...

Tenho tido alguns problemas para enviar os comentários, aliados a diversos eventos que tenho tido nesta quadra, mas tenho continuado a acompanhar o que por aqui se vai passando.

Por agora deixo os meus votos de continuação de Boas Festas para todos e que o ano de 2012 seja mais profícuo em novos horizontes sobretudo na área de melhor ética e justiça social.
A.Costa

Anónimo disse...

Ética?! Justiça Social?! Heee Costa,neste mundo cão que estamos contemplando, enquanto não extreminarmos os corruptos FDP e seus lacaios, nunca mais vai haver nada em prole do próximo, a não ser umas caridadezitas por parte de alguns menos malandros, mas só para ganharem uns votos e louros para sua pomposa vida de grandes cabrões. Isto vai de mal a pior. Este fascismo moderno, parece-me ainda pior do que o do S....... Com a diferença que agora temos liberdade para falar, mas pouco adianta, porque vozes de burros não chegam aos céus e por isso votamos sempre na mesma corja de bandidos.Somos ou não burros?!O povo já não ordena nada, segue sim, em manada a dar guarida a esses fedorentos que nos têem desgovernado.
BOM ANO PARA TODOS,dentro do possível.

Anónimo disse...

BOM ANO PARA TODOS OS AMIGOS E COMPANHEIROS.
BEM HAJAM.

Mário Neiva disse...

O blog está pobre, sem postagens e sem comentários, que são a essencia de um blog.
Mas está bem vivo como "site", isto é, como página informativa da AAACarmelitas, cumprindo, talvez, a sua função original e primordial.
A verdade é que eu cheguei a este espaço da rede social por via de algumas postagens que me suscitaram comentários. Gerou-se debate e o que, até então, era sobretudo uma página informativa, virou blog com intenso debate.
Os autores, os únicos com capacidade de fazer postagens e suscitar o debate, já não o fazem e assim se perde a faceta de blog, retornando-se ao "site" das notícias.
Estamos nisto.
O "espaço de debate" gerou uma certa confusão e há quem não consiga lá chegar.
Não me sugiram para eu fazer melhor, que não percebo nada do assunto.

António Costa disse...

Estamos em início de ano.
Não faltam planeamentos, "profecias",
"previsões"...
Eu também deixo aqui alguns pensamentos:
...Assim como toda a felicidade é passageira, nenhum sofrimento será eterno...
...A felicidade não é um destino, mas uma maneira de viajar...
...A vida tem a cor que a gente a pinta...
...Grandes expectativas, geralmente geram grandes decepções...
...Se vamos mesmo ter rugas, que seja de tanto rir...
... O amor ... é difícil para os indecisos...é assustador para os medrosos... avassalador para os apaixonados; mas os vencedores no amor são os fortes, os que sabem o que querem e querem o que têm.

António Costa disse...

"Evangelizar não é para mim um título de glória, mas uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se não evangelizar".
1 Cor.9,16
Este pequeno trecho tirado de Paulo(aparece no meio do Presépio de Priscos)deu-me o mote para mais uma reflexão que eu vou fazendo nestes tempos bastante conturbados que estamos a viver. O responsável desta comunidade dá assim uma valente "bofetada de luva branca" aos líderes religiosos que julgam que estão perto do Céu(felicidade) mas que cavam o Inferno(infelicidade) cada vez mais fundo.
É que" as cartas estão todas em cima da mesa", ou seja: as análises já estão todas feitas, já ouvimos muitos discursos"redondos", e continuamos a ouvir muitas palavrinhas mansas.

Mais uma vez, Roma informa os seus apaniguados e súbditos que durante este ano irá haver uma grande celebração para comemorar os 50 anos da abertura do Concílio(será para dizer que não valeu? que aquilo foi uma utopia de um sonhador-leia-se João XXIII, e que não deveria ter ido tão longe, isto é, para lavar mais roupa suja? e, tal como em termos políticos deveremos regressar ao séc XVIII)?)

"Cumpram-se, antes de mais, as exigências da justiça para que se não ofereça como solidariedade o que é devido a título de justiça"
(Vaticano II-Dec.sobre o apostolado dos leigos)APROVADO-ESTAVA PRESENTE O TEÓLOGO RATZINGER
Hoje, dezenas de anos depois
"Bento XVIII LAMENTOU hoje no Vaticano as graves e preocupantes consequências da crise económica e financeira mundial(só agora, quando a Itália com o cutelo da Troika)afirmando que este momento deve levar à valorização da dimensão ética"(ó Anónimo, ele ouviu-te?).
O Papa falava durante o encontro anual com membros do corpo diplomático acreditados na Santa Sé(palavrinhas muito bonitas,lidas e bem pausadas-diplomáticamente!!!)no qual aludiu a actualidade lamentavelmente marcada por um profundo mal estar e por diversas crises económicas, políticas e sociais que são a sua expressão dramática.
E o povo? que anda na selva? perdão, continua nas trevas? O que cantámos na celebração dos Magos não se lembra? NÃO VIU UMA GRANDE LUZ, N Ã O.

Paulo de Tarso! Todos os domingos és lido, és meditado durante alguns minutos, mas aquela " cadeira" não deixa que a tua mensagem que disseste recebê-la para ser transmitida aos teus sucessores(apóstolos) seja testemunhada e vivida.Assim, torna-se difícil acreditar naqueles que (dizem) serem intermediários entre o Deus que quer a nossa felicidade e esta aldeia global que mais parece uma selva.
LAIVOS DE ESPERANÇA???

"ÉS TU DEUS CIGANO que eu adoro,Sei que não vives no céu, porque vives em mim,e não te posso procurar para além do meu
jardim.
Fazes do vento, do pó da estrada,
do meu olhar e do outro a tua morada.
Vais montando a tua tenda cheia de tudo e cheia de nada nas misérias e recantos de qualquer casa...
És tu no meu meio com rosto de gente levando a paz e o amor ao íntimo do descontente.
Vais em liberdade sem preconceitos nem religião habitar na disponibilidade de qualquer coração. Vais simplesmente porque é a tua forma cigana de ser..."

Mário Neiva disse...

"Cumpram-se, antes de mais, as exigências da justiça para que se não ofereça como solidariedade o que é devido a título de justiça"
(Vaticano II-Dec.sobre o apostolado dos leigos)

Amigo e companheiro Costa, gostei muito desta tua entrada. Sobretudo senti-me encorajado, porque me sentia demasiado só a tanger este cantinho reservado à comunicação da alma dos antigos alunos. Não aprecio a solidão afectiva, muito menos a do pensamento. Faz-me feliz a partilha do afecto e do espirito. E o amor feliz é a conjugação de ambas.
E quem diz o amor, diz a amizade. E nem precisamos de estar de acordo no pensamento e no feitio, se, onde se desencontrar o pensamento, subsiste o afecto ou, quando o afecto esmorece, sobressai a convergência do pensamento.
Até parece fácil estarmos unidos. Basta um pouco de lucidez e boa vontade.
Deixemos que, em nós, o afecto e o pensamento estabeleçam o equilíbrio.

A citação que repesquei do Concilio Vaticano II fala-nos de uma verdade esquecida e até espezinhada. Ecoa na perfeição outra proclamação nascida do espírito do mesmo Concilio: "A justiça é o nome novo da paz".
Infelizmente, nestes últimos 50 anos de pós-Vaticano II, escondeu-se o Evangelho do Amor, que deveria ter sido pregado com o nome novo da "caridade", que é a SOLIDARIEDADE, tal como a justiça 'e o nome novo da paz.

E porque o amigo Costa não esqueceu a realidade dolorosa que atravessamos, também eu vou lembra r o que ouvi nos últimos tempos a um bispo português , cujo nome não recordo: a solidariedade faz-se pelos impostos.
Pois é com mágoa e até revolta interior que vou tomando conhecimento da contabilidade que é feita na distribuição dos sacrifícios da austeridade: os mais frágeis da sociedade e a classe média são atingidos no seu rendimento individual ou familiar cerca de cinco vezes mais que as classes abastadas. Aliás, muitos estão até a enriquecer com a crise.
A idolatrada lei do lucro está a levar vantagem em toda a linha, aqui e lá fora. As consciências 100% democratas e civilizadíssimas, cristianíssimas e outras, aceitam sem um leve rebate de remorso a existência dos paraísos fiscais, para onde correm como rios caudalosos os dinheiros que deveriam pagar o imposto da solidariedade, onde são gerados
Na hora de contabilizar o lucro, nem há Pátria, nem Deus, nem Família. A nova máxima, defendida pela elite intelectual fielmente cúmplice na bebedeira do lucro, é de todos conhecida: o dinheiro não tem pátria.
Como refere por diversas vezes o Costa, vigora a lei da selva, que é a lei do mais forte, do mais capaz, do mais apto e do mais afortunado pelas circunstâncias.
Esquecemo-nos, com uma facilidade que até dói, de que não nascemos todos iguais e as circunstâncias em que crescemos pode fazer de nós um bandido ou um santo. São os condicionalismos da inserção social que se aliam à natural herança genética.
Só por ignorância indesculpável em quem se candidata aos cargos da governação, se apelida de bandalhos preguiçosos os desprotegidos da sorte genética e do lugar onde calhou nascer. Infelizmente, a ideologia pegou de estaca nas “elites” da naçâo e não é difícil prever o resultado, a prazo, se o discurso da “solidariedade pelos impostos” não levar a melhor.

Anónimo disse...

Deus lhe dê o descanso eterno...

Anónimo disse...

Descanse em paz, amém

Anónimo disse...

Aguardemos pela nova ressurreição...

Anónimo disse...

A máquina fornecedora de matéria prima foi eliminada pela arrogância dos constituintes da história!
Ressurreição sem enquadramento por falta de mensagem!
Seja cremado!
Mas que pena!
Venceu o disparate!

Anónimo disse...

Dos fracos, não reza a história!Há que olear a máquina e não deitar a toalha ao chão, porque a luta continua e não podemos deixar que os malfeitores sobreponham a sua vontade, neste campo democrático, dos caros aaac...
Tou certo, ou tou errado?!

Anónimo disse...

óleo queimado?

Anónimo disse...

Também dá para reciclar...
Nada se perde e tudo se transforma, quando se quer e houver vontade!
Apesar do óleo queimado, todos os dias, os caros amigos, cá dão um espreitadela, para ver as boas novos dos saudosos aaac...

Anónimo disse...

Os mortos também se visitam no dia 1 de Novembro

Anónimo disse...

Isto deu mesmo o berro!!!!!!

Mário Neiva disse...

Não deu, não, anónimo. Está vivinho na página anterior a esta, que vai em 53 comentárise.